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Primeiras doses da vacina Coronavac são aplicadas em Mâncio Lima


Para o município foram destinadas 118 doses para os profissionais de saúde e 1.146 para os três povos indígenas da região: Puyanawa, Nawa e Nukini. Nas aldeias a responsabilidade de vacinação aos demais indígenas é do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI).


O Município de Mâncio Lima recebeu na manhã desta quarta-feira, 20, as primeiras doses da vacina contra a Covid-19, produzida pelo Instituto Butantan de São Paulo em parceria com o laboratório chinês Sinovac e distribuída pelo Governo do Estado. Com 19 mil habitantes, a cidade mais ocidental do Brasil, recebeu 118 doses para os trabalhadores da saúde e, 1.146 para as populações indígenas de 20 anos para cima.

“Ainda que seja uma quantidade pequena de doses, nós fizemos questão de começar hoje a campanha de vacinação contra o novo coronavírus. São 118 doses para quem mais precisa neste momento que são os profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate a este vírus tão danoso para o ser humano. Os trabalhadores da saúde estão mais expostos ao vírus e, precisam estar saudáveis para cuidar das pessoas. O governo do Estado está de parabéns pela luta que travou para que a população do nosso estado seja imunizada. A vacina não acaba com os cuidados que devemos ter, pelo contrário, é preciso reforçar o distanciamento social, o uso de máscaras e evitar as aglomerações”, falou Isaac Lima, Prefeito de Mâncio Lima.

Evanilda Maia de Araújo, 49 anos de idade, atua há mais de 20 anos na área de saúde. Ela foi a primeira profissional a receber a vacina. Em toda sua carreira profissional já foram mais de 50 mil vacinas aplicadas por suas mãos e, hoje, foi pelas mãos de Alberto Nogueira da Silva que ela recebeu a primeira dose da Coronavac.


“Eu ouvi e vi muitos choros de crianças com a picada da vacina e, hoje, sou eu que choro, um choro de alegria, de esperança e de gratidão, gratidão a Deus por estar tendo o privilégio de receber a primeira dose da vacina contra a COVID-19 e ficar imunizada com relação a esta doença. Pra mim, enquanto vacinadora, foi um grande passo na minha vida, é gratificante e motivo de alegria pois, esta vacina traz esperança e um alento para todos nós, tenho fé que a partir de agora a vida vai voltar ao normal e não teremos mais que chorar pela perda dos nossos entes queridos por conta deste vírus”, disse Evanilda Maia de Araújo, Técnica de Enfermagem.

A primeira parada do imunizante Coronavac foi na sede da Secretaria Municipal de Saúde. Diante da pouca quantidade recebida neste primeiro lote, a Secretaria irá priorizar os profissionais que estão na linha de frente do combate ao vírus.


“Eu me emociono com este momento porque todos sabem da luta que estamos travando contra esse vírus tão danosos a saúde humana. Perdemos vidas, embora que poucas mais foram entes queridos que deixaram muitas saudades para seus parentes e amigos. Se Deus quiser a vida vai voltar ao normal e, esse voltar ao normal é também trabalhar em prol de todos aqueles que ainda não pegaram Covid-19, não vamos imunizar todas as pessoas como é o nosso desejo, estamos iniciando com os profissionais de saúde porque entendemos que eles estando bem teremos um atendimento melhor. Essa vacina nos traz esperança, nos traz um ânimo novo, é uma forma de dizermos: vamos vencer, é a esperança que se renova”, destacou Ajucilene Gonçalves Mota, Secretária Municipal de Saúde.

A segunda parada do imunizante, autorizado em caráter de emergência pela Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, foi no Hospital Dr. Abel Pinheiro. Ali, a missão de levar a vacina ao profissional de saúde Antônio Joaquim Oliveira ficou por conta da vice-prefeita Ângela Valente que emocionada e cheia de alegria e esperança estampava em sua blusa a palavra Gratidão.


“Hoje é um dia de muita alegria e muita gratidão, e também um dia de muita emoção, estamos vivendo aqui. Hoje, um momento histórico e esperado. Primeiramente agradecemos a Deus que iluminou os nossos cientistas para criar essa vacina, a Anvisa que nos autorizou nesta situação emergencial que estamos vivendo e, ao esforço do nosso Governador Gladson Cameli que foi pessoalmente a São Paulo buscar essa vacina para estar sendo aplicada hoje no município mais ocidental do Brasil em meio a floresta amazônica. Se Deus quiser essa alegria, essa esperança de hoje vai se estender a toda a população de Mâncio Lima que espera ansiosa por esta vacina para minimizar a dor e o sofrimento de tantas pessoas” enfatizou Ângela Valente, vice-prefeita de Mâncio Lima.

O técnico em Enfermagem Antônio Joaquim de Oliveira Neto, primeiro profissional de saúde vacinado em Mâncio Lima demonstrou sua emoção. “Graças à Deus estou muito feliz em ser o primeiro imunizado dentro nesta unidade. É uma emoção muito grande esse momento pela esperança da vacina que vai imunizar as pessoas contra essa doença que mata”, disse.


Na Terra Indígena Puyanawas, localizada as margens esquerda do Rio Moa, foi o simpático casal senhor Ramiro Ferreira Batista (106) e Doa Luiza Porracai (76) que receberam as primeiras doses da vacina destinada a população indígena do Município. A responsabilidade de vacinação aos demais aldeados e com idade de 20 anos para cima, é do Distrito Sanitário Indígena. O Município possui três terras indígenas: Puyanawas, Nukini e Nawas. Para eles as duas doses já vieram completas, 1.146.

“Pensei que fosse doer mais, já vim de casa preparado para receber a vacina, eu e minha velha, estou muito feliz e já pensava que ia chegar minha vez de tomar e, graças a Deus chegou, é de muito gosto que estou sendo vacinado”, finalizou Ramiro Batista Ferreira, centenário da Terra Indígena Puyanawas.


Mâncio Lima tem uma faixa de 300 trabalhadores da área da saúde. Para atender aos profissionais da linha de frente do combate ao coronavírus foi feita uma triagem com as 118 doses que o município recebeu.


Jenildo Cavalcante

Assessoria de Comunicação Social

Imagens: Evandro Ibernon




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