top of page

Setembro amarelo: agir salva vidas, combate ao suicídio, pela valorização da vida


O Setembro Amarelo é uma campanha criada com o intuito de informar as pessoas sobre o suicídio, uma prática normalmente motivada pela depressão. Mesmo com tantos casos notórios, crescentes a cada ano, ainda existe uma expressiva barreira para falar sobre o problema.


A Campanha do Setembro Amarelo tem como proposta entender o suicídio para agir e salvar vidas, o suicídio é um problema complexo e multifatorial que afeta indivíduos de diferentes classes sociais, idade, orientação sexual e gênero, mas pode ser prevenido. O suicídio traz grande impacto na vida das pessoas que perdem um ente querido, mas é possível evitar este problema, estando mais atento aos sinais que estes indivíduos apresentem em seu sofrimento, olhando para dor do outro com mais humanidade e respeito e menos preconceito.

Com base nestas informações, haja visto o número crescente de mortes ocorridas por conta da depressão, a Prefeitura de Mâncio Lima por meio da Secretaria Municipal de Saúde, deu inicio na manhã desta quinta-feira (16) a campanha Setembro Amarelo sob o tema: Você não está sozinho. A primeira atividade foi uma blitz educativa, com o apoio da Polícia Militar, no Centro da Cidade, com distribuição de panfletos e o laço amarelo que simboliza a campanha.

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo®. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano.

São registrados mais de 13 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 01 milhão no mundo. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

“Temos que ficar atentos, à família por sua proximidade tem mais facilidade de identificar estes sinais, mais muitas das vezes não aceita olhar para o problema e não busca o serviço porque por achar que CAPS e coisa de “doido”. O nosso pedido é que não fiquem parados esperando solução, faça sua parte, valorize a vida, não dissemine falsos conceitos sobre o sofrimento mental, não questione, não ache que é frescura ou simplesmente força de vontade para superar”, falou Maria da Gloria Leite Mendonça, Psicóloga clínica e Terapeuta Cognitivo Comportamental – CAPS.

Em Mâncio Lima, a população dispõe de um serviço referência para problemas de transtornos mentais, depressão dentre outros, é o atendimento realizado pelo CAPS – Centro de Atenção Psicossocial que, além de realizar atendimento domiciliar, fazem consultas e terapia de grupos de segunda-feira a sexta-feira na sede do centro. Ali são atendidos paciente com transtornos mentais graves, intenso sofrimento psíquico e ou/com problemas decorrentes de uso de álcool e outras drogas para um acolhimento vinculado ao serviço, com uma equipe formada por assistente social, psicólogo, médico psiquiatra, pedagogo, técnico de enfermagem, enfermeiro além do apoio administrativo e serviços gerais.

A primeira medida preventiva é a educação. Durante muito tempo, falar sobre suicídio foi um tabu, havia medo de se falar sobre o assunto. De uns tempos para cá, especialmente com o sucesso da campanha Setembro Amarelo, esta barreira foi derrubada e informações ligadas ao tema passaram a ser compartilhadas, possibilitando que as pessoas possam ter acesso a recursos de prevenção. Saber quais as principais causas e as formas de ajudar pode ser o primeiro passo para reduzir as taxas de suicídio no Brasil, onde atualmente 32 pessoas por dia tiram a própria vida. Surge então um outro desafio: falar com responsabilidade, de forma adequada e alinhada ao que recomendam as autoridades de saúde, para que o objetivo de prevenção seja realmente eficaz.

Esses são os principais sinais que uma pessoa pode apresentar: isolamento, mudanças marcantes de hábitos, perda de interesse por atividades de que gostava, descuido com aparência, piora do desempenho na escola ou no trabalho, alterações no sono e no apetite, frases como “preferia estar morto” ou “quero desaparecer” podem indicar necessidade de ajuda.


Assessoria de Comunicação Social

Jenildo Cavalcante

Beatriz Monte

Imagens: Evandro Ibernon

0 comentário
bottom of page