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Ifac oferece curso de Condutor de Turismo Ecológico para moradores da Serra do Divisor

Foto do escritor: Prefeitura Mâncio LimaPrefeitura Mâncio Lima

Curso pioneiro na modalidade de Formação Inicial e Continuada (FIC) é ofertado na fronteira com o Peru, através do campus Cruzeiro do Sul


O curso de Condutor de Turismo Ecológico, na modalidade de Formação Inicial e Continuada (FIC), ofertado pelo Instituto Federal do Acre (Ifac) através do campus Cruzeiro do Sul, teve sua aula inaugural realizada na comunidade Pé da Serra, dentro do Parque Nacional da Serra do Divisor, na fronteira com o Peru, na segunda-feira (20.08).

A aula foi ministrada pelo professor e coordenador do curso Paulo Costa de Moura, turismólogo do campus Cruzeiro do Sul, responsável pela disciplina Introdução ao Turismo. Ele lembra que o curso vem sendo discutido com a direção do campus, professores, TAEs da unidade e parceiros desde 2017.  “O campus Cruzeiro do Sul está localizado em um contexto regional com um grande potencial turístico, devido as belezas naturais, a fauna e a flora que existem nessa região, como a Serra do Divisor”.

O curso, que é pioneiro na região, está inserido no Eixo Tecnológico Turismo, Hospitalidade e Lazer da unidade do Ifac em Cruzeiro do Sul. “Contamos com a participação de 37 alunos e através desse curso iremos proporcionar a qualificação profissional dentro e fora do parque, e junto aos moradores da comunidade Pé da Serra e das Aldeias República, Meia Dúzia, Novo recreio”.



Segundo o coordenador, o objetivo geral do curso é qualificar profissionais das comunidades, para a condução em segurança de visitantes e turistas em espaços naturais e/ou áreas legalmente protegidas, que apresentem grande potencialidades de desenvolvimento econômico e social, através do turismo em âmbito local/regional.

O curso tem a parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que custeia a parte de logística. “Contamos, ainda, com o apoio da Prefeitura Municipal de Mâncio Lima, custeando alimentação, durante todo o curso e confecção de blusas e banner e do proprietário da pousada do Miro, Agimiro Oliveira Magalhães, que nos apoia com a estadia e parte da alimentação para professores e alunos do curso”.

Segundo o professor Paulo Moura ser pioneiro não é fácil, pois o Parque Nacional da Serra do Divisor, vai completar no dia 16 de junho de 2019, 30 anos de criação e que, de acordo com os moradores da comunidade Pé da Serra, nunca houve uma oferta de qualificação profissional na área de turismo na comunidade.

“Acreditamos que a ausência de ofertas de cursos é devido aos grandes desafios e aventuras, já que, para se chegar a comunidade Pé da Serra, é necessário passar entre oito e dez horas sentado em uma canoa de alumínio de aproximadamente seis metros, tendo que levar almoço e lanche em marmitas. Isso dependendo da época do ano”, diz o coordenador.


As dificuldades são muitas, relata o docente, como o risco de não chegar no mesmo dia, devido aos bancos de areias e balseiros no leito do Rio Môa, fazendo com que a embarcação fique encalhada. “Às vezes temos que descer e retirar parte da bagagem, como computador, tela e projetor. Entre outras dificuldades, temos de empurrar a canoa. E isso faz com que viagem seja uma aventura”.

Porém, o que é mais gratificante segundo o professor, é a recepção pelos moradores, que irão receber a qualificação profissional. “O curso de Condutor de Turismo Ecológico, será uma importante ferramenta para a sustentabilidade dos moradores das comunidades, que com essa qualificação profissional estaremos melhorando a recepção dos turistas que visitam diariamente o parque”.



Comunidade apoia iniciativa


Segundo o proprietário da pousada do Agimiro Oliveira Magalhães, conhecido como Miro da Pousada, os moradores da comunidade ficam com os olhos brilhando durante as aulas e quando ficam sabendo que as instituições, principalmente o Ifac, estão dando esse apoio para a sustentabilidade local.


Já a líder comunitária Maria Rosa Evaristo Lima, diz que o aumento diário de turistas visitando as belezas naturais da Serra, exige uma melhor qualificação das comunidades. “Existe uma grande procura de turistas que querem conhecer as cachoeiras e tomar um banho gelado, caminhar em trilhas ecológicas, ouvir o canto dos pássaros, apreciar a floresta nativa e árvores exóticas”.



Segundo a líder comunitária, os turistas querem conhecer rastros de animais selvagens, sentir-se em paz, e harmonia com a natureza. “Isso é um pouco do que temos para oferecer aos turistas. E eles sem sombra de dúvidas sente-se gratos pelo dom da vida, em viverem uma experiência ímpar”.

O morador do parque, Ilson Silvestre Souza, enfatiza que os moradores agora que estão descobrindo através da oferta desse curso a importância de preservação ambiental, em manter a floresta em pé, dentro da unidade. “Vemos que através da manutenção da fauna e flora, será a certeza de um desenvolvimento social, cultural, econômico e ecológico. É importante que os moradores defendam esse tesouro natural, garantindo a preservação da biodiversidade existente no parque”.


(Com informações e fotos da coordenação do curso de Condutor de Turismo Ecológico)

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