Diversificação agrícola, implantação de sistemas agroflorestais e uso de novas técnicas agrícolas com melhoramento do solo e assistência técnica tem sido a alternativa encontrava pela prefeitura para diversificar a economia e melhorar a vida do homem do campo.
A esperança vem do campo, em uma época de incertezas econômicas, em face à pandemia enfrentada pelo novo coronavírus, é em Mâncio Lima que a agricultura familiar, em especial o cultivo do café, dá sinais de um futuro promissor e diversificação econômica. Além do cultivo diferenciado e consorciado, a prefeitura está incentivando o cultivo da pimenta do reino, coco e frutas cítricas.
“A pimenta do reino tem saída, exige esforço e cuidado, mas é uma cultura que vale a pena, já colhi mais de 30 quilos e a esperança é dobrar essa produção, o preço é bom e dá sim para tirar uma boa renda para a família, sou muito grato ao apoio que tenho recebido da prefeitura,”, destacou Regiano Barros, produtor rural.
Foi a partir de uma viagem de intercâmbio exitosa que vieram as primeiras mudas, a ideia inicial era apenas conhecer um dos maiores polos produtores de café da região Norte, o Estado Rondônia. A empolgação, a perspectiva de um mercado promissor e a possibilidade de trazer para o homem do campo uma cultura agrícola há tempos adormecida foi fundamental para o início do cultivo deste produto em Mâncio Lima.
“Mâncio Lima já conhecia, já sabíamos como plantar e cultivar o café, nossos pais e os nossos antepassados cultivavam o café no fundo do quintal para suprir as necessidades da família. O que nós fizemos foi criar oportunidade para que o produtor rural pudesse plantar em larga escala e diversificar a economia com a melhora da renda familiar. Foi uma decisão muito acertada porque hoje já vemos os frutos de um sonho ser colhido”, disse Jonas Lima Deputado Estadual (PT).
Não é raro encontrar nos fundo dos quintais de Mâncio Lima plantações de café e pimenta do reino, a quantidade era suficiente para suprir as necessidades da família. Foi a partir desta tradição, aliada ao valor de mercado e a segunda bebida mais consumida pelos brasileiros que a atual gestão resolveu implantar dentro da produção familiar o cultivo do café, Café Clonal Arábica e o Conilon.
“Primeiramente eu agradeço a Deus por ter nos iluminado a reavivar uma cultura tão importante e que fez parte da história agrícola de nossa cidade. É um privilégio poder estar acompanhando as primeiras colheitas do café em Mâncio Lima. Foi um sonho sonhado junto, junto com o produtor rural, com o Deputado Estadual Jonas Lima e com o Sibá Machado, na época Deputado Federal. Os custos para iniciar o cultivo do café é um pouco alto, mas os resultados e o tempo de vida de cada pé de café compensa todo o dinheiro empreendido. A saca de café é vendida a R$ 300, é uma modalidade econômica que está nas maiores bolsas de valores do mundo, um pé de café produz por 20 anos, o agricultor precisa apenas irrigar, fazer a poda correta e manter limpo, é uma alternativa que está dando certo e tenho certeza que vai melhorar muito a vida do produtor rural e aquecer a economia de nossa cidade”, destacou Isaac Lima, Prefeito de Mâncio Lima.
Os primeiros frutos começam a ser colhidos em uma propriedade de 41 hectares localizada no Ramal do Nena na Estrada do Batoque. Ali, há quase dois anos e meio, o produtor rural Edno Guedes, que prefere ser chamado de Dim, plantou 2.200 mudas de café. Animado com a ideia, Dim levou toda a família para trabalhar na propriedade que além café tem o coco, laranja, peixe, tangerina, açaí e abacaxi. O contraste do verde das folhas com as cores vermelhas e amarelas do cafezal impressiona e enche de orgulho o produtor.
“Eu comecei com o apoio da prefeitura desde o transporte das mudas de Acrelândia até minha propriedade, apoio com os insumos e acompanhamento técnico. Depois de anos estou começando a colheita e espero lucrar média de 100 sacas. Vale muito a pena cultivar esse tipo de produto, a roça, a mandioca, você não tem ela todo ano, se arrancar para uma farinhada é preciso plantar tudo de novo. O café é diferente porque eu vou ter a plantação por mais de 20 anos, só terei que ter os cuidados necessários. Estou muito feliz porque eu vejo um futuro melhor pra mim e minha família, hoje toda a mão de obra é familiar e além de ajudar na minha casa ainda vou poder ajudar na renda dos meus filhos”, falou Edno Guedes (Dim), produto rural.
A Prefeitura tem apoiado com transporte das mudas, distribuição de adubos, preparação do solo por meio da mecanização agrícola e acompanhamento técnico permanente. Hoje são atendidos com a cultura do café pouco mais de 60 produtores rurais. Para a pimenta do reino, 15 produtores aceitaram trabalhar com ela chega a ser vendido por cerca de R$ 60 o quilo.
“O Município implantou o Programa Municipal de Fortalecimento da Cultura do Café Conilon Clonal há pouco mais de dois anos. Estamos dando todo apoio aos produtores que estão inseridos neste programa. É um programa forte e visto com bons olhos por especialistas da área agrícola. O Prefeito Isaac Lima tem cobrado muito o empenho da equipe da Secretaria para fortalecer cada vez mais essa cultura que tem uma boa aceitação tanto no mercado local como em outros mercados”, finalizou Ezio Júnior, Secretário Municipal de Produção.
O transporte de outros municípios e até mesmo de outros estados é caro e demorado, a falta de orientação técnica pode gerar sérios prejuízos para o pequeno agricultor e, é preciso que o acesso às mudas para o produtor rural seja facilitado. Foi pensado neste mercado e na procura por uma alternativa mais rentável para o homem do campo que o agrônomo e precursor do Programa de Fortalecimento da Cultura do Café, Francisco Romoaldo, criou um viveiro de mudas de café.
“A avaliação deste projeto é positiva, foi necessário importar tecnologias para melhoramento genético e, estamos acertando, as pessoas que acreditaram e aderiram ao projeto já estão na primeira colheita. Para o próximo ano teremos uma colheita significativa porque se trata de um produto que é uma commodity econômica, um produto de exportação em que o seu preço varia conforme o comportamento do mercado financeiro. Meu filho e eu temos a formação em Engenharia Agronômica, partimos para produção de mudas no viveiro que criamos aqui mesmo. Oferecemos aos nossos clientes e parceiros as primeiras orientações técnicas a partir da compra das mudas. Temos parceiros importantes como a Prefeitura de Mâncio Lima, a Embrapa, a UFAC por meio do Professor Leonardo e, somos referencia, pois temos um viveiro credenciado e dentro de todas as normas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura. Já estamos finalizando o segundo projeto de mudas, somando os dois poemetos nossa capacidade de acondicionamento é de 100 mudas, finalizou Francisco Romoaldo, agrônomo e proprietário do Viveiro Vô Raimundo.
Rico em vitamina B, antioxidantes naturais e sais minerais, como ferro, zinco, potássio e magnésio, o café não se restringe à cafeína, embora seja ela o seu principal e mais comentado componente. Quando consumida em quantidade razoável, esta substância proporciona inúmeros benefícios, entre eles: o estímulo do sistema nervoso, a melhora no humor e na concentração e a ação termogênica, que acelera o metabolismo.
Comprovadamente a segunda bebida mais consumida no mundo (só perde para a água), o café pode apresentar um sabor mais suave ou mais intenso, e isso vai depender majoritariamente do tipo de grão. As bebidas feitas com grãos de Arábica (originários da Etiópia) possuem 50% menos cafeína, mas seu sabor é muito especial, e, por isso, costumam ser indicados para a produção do café gourmet.
Jenildo Cavalcante
Assessoria de Comunicação Social
Imagens: Raphaela Barbary
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