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Foto do escritorJenildo Cavalcante

Em Mâncio Lima é celebrado 1º Dia dos Povos Indígenas após mudança em lei


Até 2022, a data, oficialmente, marcava o 'Dia do Índio', mas o termo era considerado problemático por ser genérico e preconceituoso, além de não considerar a diversidade das etnias.

Pela primeira vez, o Brasil celebra neste 19 de abril o "Dia dos Povos Indígenas" - e não mais o "Dia do Índio", como a data era conhecida até o ano passado. A mudança foi oficializada em julho de 2022, com a aprovação da Lei 14.402. Em Mâncio Lima, cidade com três terras Indígenas, Nawa, Nukini e Puyanawa, o Prefeito Isaac Lima acompanhou as celebrações do povo Puyanawa, localizados cerca de 10 quilômetros do centro da cidade.

“Quero agradecer ao cacique Joel pelo convite para esta festa tão cheia de significados e de história. Nosso município é originário desses povos, temos três etnias e, é a partir deste cenário que estamos desenvolvendo políticas públicas inclusivas, assistenciais e de saúde para estes povos, que no passado sofreu com as invasões de suas terras e com o processo de colonização. Construímos creches, Unidades de saúde, recuperação de ramais, construção de módulos sanitários e sistemas de abastecimentos de água e apoio com o transporte escolar. Sabemos que ainda há muito a ser feito, buscamos todos os dias o diálogo com todas as aldeias para que as políticas públicas cheguem mais ainda nas nossas terras indígenas”, falou Isaac Lima, Prefeito de Mâncio Lima.

A data é de grande importância porque celebra a diversidade cultural dos povos indígenas no Município, além de contribuir para a preservação da cultura e da história desses povos. Essa data serve ainda como momento de reflexão sobre a luta contra o preconceito contra os indígenas e pela manutenção de seus direitos.

Além de celebrar o dia do Índio, na aldeia Barão Ipiranga, demarcada em maio de 2000 com uma população 740 aldeados, a data não é apenas de comemoração, mas de reivindicação e de que a luta precisa continuar.

“Para nós é uma data estabelecida e que tem um sentido muito especial, especial por termos este o dia para mostrarmos que nós temos cultura, vimos de um processo de resistência desde o contato com o homem branco, quando aqui chegaram e mostrar que sobrevivemos. É dia para mostrar nossas tradições, costumes, que cada pintura, cada traço em nosso corpo significância a existência e resistência do nosso povo. O resgate do nosso saber espiritual e cultural é uma das nossas maiores conquistas e que fazemos questão de mostrar aos nossos visitantes”, falou Joel Puyanawa, cacique.

A demarcação da terra demarcada e homologada, a existência dos trabalhos espirituais na casa dos antepassados. Diversas lideranças indígenas, políticos, Vereadores, Secretários Municipais, estudantes e pesquisadores prestigiarem as festividades na Terra Indígena Puyanawa.

Em Mâncio Lima existem mais de 60 mil hectares de área protegida, destas, a terra Indígena Nawa está em processo de regularização. O município tem três povoados, os Puyanawas com 740 aldeados, os Nunikinis, com 596 aldeados de acordo com dados de 2018 e os Nawas em processo de identificação com uma população estimada em 363 de acordo com dados da SEMA, 2018.

Galeria de imagens:

Assessoria de Comunicação Social

Jenildo Cavalcante

Beatriz Monte

Imagens: Evandro Ibernon

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